Grupo Seu Estrelo
Desde 2004 o Grupo Seu Estrelo mistura nossos sotaques, instiga nossos mistérios e revela uma tradição brasiliense, candanga e cerratense. Criou um identificador cultural para Brasília, amarra elementos do Cerrado na vista e no imaginário popular, brincando o Mito do Calango Voador. Com seu som, o Samba Pisado, reverencia a terra, a água, o ar, o fogo e as gentes que pisaram e pisam este chão, trazendo suas referências e bênçãos.
Formado por importantes tradições brasileiras, especialmente os Maracatus e o Cavalo-Marinho, Seu Estrelo traz, pelo Teatro de Terreiro, a sua brincadeira em roda. Faz lembrar que o toque do tambor é feito de memórias e mistérios bem mais antigos que nossa cidade.
Seu Estrelo habita o Centro Tradicional de Invenção Cultural, brincando, inventando essa tradição, e mostrando a quem chega que há um Brasil bem profundo dentro da gente. O grupo mantém três festas anuais, tradicionais da cidade: a Festa de Abrição, a Festa Fuazeiro e a Festa Alada, cada uma em homenagem a uma sagrada figura de sua Mitologia, festejos em que as pessoas são apresentadas à brincadeira, conhecendo importantes tradições brasileiras e restabelecendo sua ligação com os mistérios do mundo.
Em 2007, Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro recebeu do Ministério da Cultura o prêmio de Culturas Populares pela importância de seu trabalho. Em 2009, o grupo gravou seu primeiro CD, um registro do som criado para a moderna capital.
Em 2010, o grupo ganhou o Prêmio Funarte Teatro de Rua e lançou seu Diário de Bordo, onde relatou as visitas feitas a grupos e mestres populares do DF dentro do projeto "Caravana Seu Estrelo". Em 2016, ganhou o prêmio de Música do SESC-DF. Em 2018, ganhou o Prêmio Culturas Populares da Secretaria de Cultura do DF. Em 2019, o capitão do Grupo Seu Estrelo, Tico Magalhães, recebeu uma moção de louvor da Câmara Legislatova do DF por ser considerado um importante personagem da história, da cultura e da educação de Brasília. Em 2024, a manifestação do grupo Seu Estrelo foi registrada como o mais novo Patrimônio Cultural Imaterial do DF.
Orquestra Alada
Trovão da Mata
A Orquestra Alada Trovão da Mata surgiu em 2013 para celebrar a sagrada figura do Calango Voador nos Festivais de Cultura Popular de Brasília. Porém, transcendeu o festejo e atualmente se apresenta ao longo de todo o ano nas ruas da cidade, em cortejos que levam diversas figuras encantadas do Mito do Calango Voador para passear pela capital.
O Mito do Calango Voador e outras historias do Cerrado exalta os símbolos marcantes da cidade e de nossas matas, promovendo nossa riqueza e povoando o imaginário popular com figuras fantásticas, que trazem em sua essência nossa história e a força de um povo aberto a se reinventar e ressignicar suas práticas. Todo esse encanto é representado e brincado pela Orquestra Alada em seus cortejos, além de tomar a cidade como seu cenário, a Orquestra oferece para todos que nela habitam, uma experiência lúdica, musical e visual.
Em seu batuque, o pulso que rege a Orquestra Alada é o ritmo cerratense Samba Pisado. Formada por mais de 70 brincantes, entre batuqueiros e figureiros, a Orquestra abre caminhos para a alegria e para o encantamento, tocando tambores, almas e corações.
Em sua trajetória, a Orquestra Alada já se apresentou no Carnaval do CCBB, Setor Carnavalesco Sul, Bloco do Calango Careta, Bloco da Mestra Martinha do Coco, Bloco do Ventoinha, Festival de Funfarras HONK, G20 Mundial, 4º Conferência Nacional de Cultura, XIX Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros São Jorge (GO) e faz aparições misteriosas e encantadas pela ruas do Distrito Federal.